Já faz algum tempo que eu me pego refletindo sobre o futuro da criação de aplicativos dentro das empresas. Em 2016, comecei a experimentar as primeiras "ferramentas sem código", bem antes do termo “low code” virar moda. Muita coisa mudou, tecnologia, expectativas e, não menos relevante, o bolso de quem decide investir. Agora, com 2026 se aproximando, aquela velha dúvida volta a bater na porta de cada gestor e profissional de TI: será que vale mais a pena criar no Power Apps ou partir para uma programação tradicional?
Nem toda criatividade precisa saber programar.
Entendendo o básico: Power Apps e programação tradicional
De vez em quando, ouço gente perguntando se Power Apps é só "mais um formulário bonito”. Na verdade, Power Apps é uma plataforma desenvolvida para que pessoas, mesmo sem formação em TI, consigam criar soluções digitais, automatizar tarefas e construir apps personalizados rapidamente. Já na programação tradicional, você precisa de código puro: linguagens, frameworks, APIs, integrações. Tipo engenheiro e arquiteto desenhando sua casa do zero.
Eu costumo resumir assim: enquanto a programação tradicional te dá liberdade total, Power Apps entrega resultado mais rápido, com limitações bem definidas. Então, depende do desafio.
Vantagens e limites do Power Apps
Se você já usou qualquer aplicativo da Microsoft ou montou fórmulas no Excel, vai sentir uma certa familiaridade no Power Apps. Isso porque a lógica é bem parecida. E, acredite: a curva de aprendizado pode ser pequena para quem já domina Excel ou Power BI. Não por acaso, na 101 Códigos ajudamos empresas a migrar do caos das planilhas para aplicações inteligentes desenvolvidas em poucas semanas.
- Rápida implementação
- Integração nativa com quase todo o ecossistema Microsoft
- Ótima para automatizar rotinas, coletar dados, criar dashboards simples
- Permite colaboração entre áreas técnicas e não técnicas
- Custo previsível (licença mensal ou anual)
Para o gestor, tempo é dinheiro. Para o usuário, usabilidade é poder.
Só que nem tudo são flores. Se um projeto demanda personalização extrema, integrações externas complexas ou funções específicas de segurança, talvez o Power Apps não atenda 100%. Lembro de já ter recomendado programação tradicional para uma empresa que precisava processar milhares de transações por minuto, com integração bancária específica, inegociável em termos de segurança.
Programação: liberdade que custa tempo
Já desenvolvi projetos que só seriam possíveis com programação tradicional. Falo de apps médicos, sistemas bancários, automação industrial... Assim como no Excel você decide onde vai cada cálculo, na programação o céu é quase o limite. Mas essa liberdade cobra seu preço:
- Necessidade de equipe técnica especializada
- Processo de desenvolvimento mais longo e oneroso
- Manutenção contínua mais complexa
- Maior custo inicial e, às vezes, imprevisível
Se sua empresa dependesse de um app absolutamente único, eu provavelmente indicaria a programação, mesmo sabendo do tempo e dos custos. Mas a grande maioria dos problemas de negócio, estoque, ordens de serviço, coleta de dados, controle financeiro, não exige toda essa complexidade. Para esses casos, um aplicativo personalizado via Power Apps resolve (e rápido).
Olhando para 2026: tendências e o que está mudando
Eu tenho visto, ano após ano, o Power Apps ganhar funcionalidades que antes só existiam na programação raiz. Inteligência artificial, integração via APIs, workflows avançados... As barreiras estão sumindo. Ao mesmo tempo, o “código puro” fica restrito a soluções hiper personalizadas, geralmente para setores que já têm cultura digital madura.
A grande tendência para 2026 é: cada vez mais empresas vão equilibrar o uso do Power Apps para o que é rápido e seguro, e reservar a programação tradicional só para o que não tiver jeito. Isso, aliás, é uma das premissas que seguimos na 101 Códigos.
Como decidir entre Power Apps e programação?
- Se precisa lançar uma solução digital em semanas, optar por Power Apps.
- Se busca integração rápida com Office 365, SharePoint ou Teams, Power Apps faz isso quase sozinho.
- Caso seu app precise de customização total, performance acima da média ou integração com sistemas muito específicos: aí sim, programação.
- Para manter custos acessíveis ou equipes técnicas pequenas, Power Apps quase sempre vence.
Já escrevi mais sobre o uso de Power Apps na gestão de pequenas empresas e, por experiência própria, vi empresas pequenas ganhando eficiência sem surtar com tecnologia ou orçamento.
Escolher não é só questão de ferramenta. É questão de objetivo.
Conclusão: e agora, o que escolher?
Eu vejo que, em 2026, escolher entre Power Apps e programação virou menos uma questão de gosto e mais de necessidade real. Quem precisa de solução rápida, integração fácil e manutenção descomplicada, tende a se encontrar bem com Power Apps. Para aventuras mais ousadas, personalização de ponta a ponta e desempenho extremo, a programação tradicional vai continuar viva. E, aliás, é absolutamente possível combinar soluções: um app central no Power Apps integrado a funções feitas sob medida.
Na 101 Códigos, desenvolvemos aplicativos em Power Apps do zero. Se você quiser conversar sobre seu projeto e receber um orçamento, deixe seu contato aqui para marcarmos uma reunião sem compromisso. Quer conhecer mais sobre dicas de automação de processos com Excel? Tem conteúdo completo em nosso blog. Meu papel aqui é ajudar você a escolher o que faz sentido para o seu momento, sem complicar o que pode ser simples.
Perguntas frequentes sobre Power Apps e programação em 2026
O que é o Power Apps?
Power Apps são ferramentas da Microsoft que permitem criar aplicativos personalizados de forma rápida, sem necessidade de saber programar profundamente. Com poucos cliques, é possível construir apps que automatizam tarefas, coletam dados e integram diferentes sistemas do dia a dia empresarial.
Qual a diferença entre Power Apps e programação tradicional?
Na programação tradicional, você desenvolve tudo do zero, usando linguagens, frameworks e um conhecimento técnico avançado. No Power Apps, a construção é visual, com blocos e fórmulas simples, o que acelera o processo. O resultado? Programação entrega liberdade total, mas Power Apps traz rapidez e simplicidade.
Quando usar Power Apps em vez de programar?
Recomendo Power Apps sempre que o projeto demandar velocidade, integração simples com Office 365 ou Microsoft Teams e uso por várias áreas da empresa. Casos comuns são rotinas internas, formulários, dashboards de acompanhamento e automação de processos repetitivos.
Power Apps vale a pena para empresas pequenas?
Sim, e já vi isso na prática. Empresas pequenas ganham agilidade usando Power Apps sem precisar de uma equipe de TI grande nem gastar demais. Dá para criar desde controles básicos até fluxos de aprovação e acompanhamento de vendas, com baixo investimento inicial.
Como iniciar com Power Apps em 2026?
O melhor caminho é contar com apoio de consultoria de quem entende do assunto, como fazemos na 101 Códigos. Se quiser aprofundar, leia nossos conteúdos sobre Power Apps ou solicite um projeto personalizado para o seu contexto, acessando nosso site e deixando seu contato.
